Anacgodoy's Blog


Bye Bye Beijing

Dois meses se passaram, estou no meu último dia aqui na escola, escrevendo loucamente no blog, com medo de esquecer qualquer coisa… rs

Cheguei hoje cedo em Beijing… peguei taxi e trem sozinha pela primeira vez aqui na China… é, to aprendendo a me comunicar com mímica por aqui… Tá certo que o Brenton me ajudou a pegar o último taxi lá em Shanghai, debaixo de chuva, disputando com outras pessoas na rua que pegava o taxi primeiro… depois de uns quinze minutos tentanto, consegui um, sai correndo, me despedi do Brenton gritando obrigada de dentro do carro… e tchau pra Shanghai, vou sentir saudades!

Nesses dois meses acho que aprendi mais do que ensinei… aprendi a tomar chá, a comer de chopsticks, a viajar, a me comunicar, a falar inglês direito, algumas poucas palavras em chinês, escrever e falar “Brasil” em mandarim, andar de metrô em Beijing, estender meu visto na china, a usar “diferentes” tipos de banheiro, a escrever diários, a fotografar, a me divetir de outras formas, a dar aulas, amar meus aluninhos e meus colegas de intercâmbio.

A experiência em si foi maravilhosa, estou muito, mas muito triste porque já está no final… e confesso, estou com preguiça de enfrentar 25 horas de vôo de volta pra casa…

aqui estão as últimas mensages que recebi dos meus novos amigos, os quais não sei se vou ver novamente, e claro, vou sentir muitas saudades:

Sofie:

“Dear beautiful Brazilian girl !), it was very nice to meet you and thank you so much for teaching me Portuguese! I hope we can keep in touch, livemocha?! Wound be great! Keep on goinig with singing: you’re great! Lots of love, Sofie”

Anna (Polônia):

“Ana! Be sure, I’m going to visit Brazil 🙂 I hope you take me to some amazing party (ela se refere ao INTERUNESP) ! 🙂 DO ZOBOCZENIO NIEBOHEM 🙂 (See you soon:)) Ania”

Kim:

“Dear Ana

Two months had gone so fast! I had a great time with you , and I will really miss your: ‘a really don’t care’, turtle behavior (piada interna), your internet addiction and ever the sound of noisi crackers. I hope you’ll pass the premaster exam and that you’ll become a very famous SD-politician who will save our ONLY ONE planet Earth! But firts: Hangzhou and Shanhai, looking foward to it. Take care on Brazil. Make a facebook account! Zaijian. XXX. Kim”

Hana:

“Dear Ana,

It’s very nice to meet you. I won’t forget the time when we walked for five hours for nothing. And also our tough time when we had to extend our visa. See you. Love. Hana. Remember… We only have ONE Earth. Not two, not three. Just ONE. ONLY ONE!!!”

Brenton:

Great! Thank you for everything and I’m very glad to have u as a fellow trainee. I don’t think I can ask for anyone better. Have a safe flight home. Keep in touch. Take care!”

-I’ll miss them! I’ll miss China!


Coisas da China – Parte III

Não vou me prolongar muito contando a história do dia em que fomos expulsos de um restaurante porque todo muito estava muito ocupado pra servir a gente, nem no dia em que não pude entrar numa livraria que estava aberta, porque ela estava fechada…

…tenho coisa melhor pra escrever sobre a China.

Como no dia em que Kim e eu nos sentamos na frente do museu de Shanghai esperando o Brenton sair, e derrepente, uns 15 chineses nos confundiram com alguma celebridade ocidental e começaram a tirar fotos nossos loucamente. Foram os nossos 15 minutos de fama:

"Paz e amor pra câmera"

tem também o “ChinEnglish”:

entendeu?


Shanghai e World EXPO

Fiquei feliz por ter passado dois meses em Beijing e não em Shanghai… em Beijing eu me senti na China, em Shanghai eu me senti em outro planeta…

Em alguns momentos me senti um pouco em São Paulo: grande metrópole, grandes prédios, grandes avenidas, garoa… mas quando eu cheguei perto do World Financial Center, meu queixo caiu. Como é que pode existir um prédio daquele tamanho? E aquela torre do lado? Pior, eles tão construindo um mais alto ainda do ladinho… Subimos até 97° andar, a sensação que eu tive era que o “avião” estava pousando na cidade… entretanto, na minha opinião, o mais impressionante foi observá-lo de baixo… vc olha pra cima e o bicho não acaba… kkk Me senti uma caipira na cidade, mas que não se sentiria assim em Shanghai?

Lá visitamos uns museus, passeamos de barco, e pra isso enfiamos o pé na jaca… ô cidade cara…

E, claro… não podíamos deixar de visitar a World EXPO. Melhor que parque de diversões… antes de chegarmos lá nos avisaram que passaríamos no mínimo 3 horas na fila para cada pavilhão, mas o máximo que passamos foi 30 minutos… nossos países tiveram prioridade (Brasil, Holanda, Indonésia e Canadá), decidimos não visitar China, EUA e Japão (muita fila) e visitamos muitos outros…

Um dos pavilhões combinava a rotina de famílias em diferentes países (Brasil, EUA, Australia, China, Gana, etc)… e quantas semelhanças… amei… outro era sobre desenvolvimento sustentável… como eu queria levar meuu aluninhos pra ver tudo… ia resumir em muito minhas aulas..kk

Depois fomos ver outros países… tínhamos duas opções: ficar na fila pra França, Suiça, Espanha… ou visitar muitos outros do tipo Caréia do NORTE, Irã, Afeganistão, Palestina, Laos, Vietnã, Timor Leste… adivinhem qual eu escolhi?

É impagável me deparar com uma imagem dessas:

Pavilhão da Coréia do Norte

ou esta:

O nosso "amigo" presidente Ahmadinejad

ou esta:

e até esta:

Talvez antes do talibã

é uma pena que o pavilhão do Iraque estava fechado.

Experiência única, espero poder ir em outras Wold EXPOs um dia… bem melhor que o HopiHari… rs

O tempo que passamos em Shanghai foi relativamente curto, infelizmente. Mas valeu a pena… realizei pela primeira vez um sonho… agora preciso colocar outros lugares na minha lista..rs

Como de costume, umas fotinhos:


Hangzhou

Depois de doze horas num trem com “soft seats” e luz acesa a noite inteira eu cheguei na cidade mais linda do mundo.

Pois é, O Rio de Janeiro continua lindo, mas não é a cidade mais linda, nem a Praia de Pipa no Rio Grande do Norte na qual estive 4 anos atrás, e até então o único lugar que tinha tirado o meu folego… Hangzhou ganhou meu coração.

Primeiro, porque antes de vir pra China eu jamais imaginei que iria respirar um ar puro por aqui. Segundo, o verde das árvores é diferente da cor que meus olhos se acostumaram a ver no Brasill. Terceiro, a garoa fina da cidade nos três dias em que estive por lá deixou tudo mais fresco e vazio de turistas (yes!). Quarto, o pessoal do hostel em que fiquei (premiado pelo hostelworld.com como o mais limpo) era simpático, alegre e prestativo.

Alugamos uma bike pra conhecer a cidade, que possui um lago gigante no centro, com a vegetação ao redor protegida pelo governo. Logo chegamos nas fazendas de chá (aliás, alguém avisa o Leléu que eu já comprei o chá dele), o museu nacional do chá, e lógico, experimentamos o tal chá – muito bom! Minha bike quebrou e eu tive que aprender a pedalar com uma perna só… o pedal do lado esquerdo simplesmente caiu e ficou inutilizado!

Visitamos a grande Pagoda e lá de cima pudemos visualizar a cidade à noite, com o lago negro e as luzes coloridas em volta.

Lá também nos deparamos com um restaurante “brasileiro”, com “gaúchos” da china, e carne à chinesa, trilha sonora do Oriente Médio com uma mulherzinha chinesa dançando a dança do ventre (???)- o olho da cara! Mas divertido…

último dia visitamos o museu da seda, mas pela manhã… à tarde pegamos o trem pra Shanghai…


Pingyao [Pinháu]

Está acabando. Já estou na China há praticamente dois meses, e logo logo voltarei para o Brasil. Tenho poucas aulas para dar por aqui agora, e nos dias de folga não quero perder mais tempo. Eu sei que não dá pra conhecer por completo um país do tamanho da China em dois meses (nesse tempo não dá nem mesmo pra conhecer Pequim), mas eu faço o possível =)

Nestas últimas duas semanas vamos viajar por aqui… e fim de semana passado fomos para Pingyao.

Pingyao é conhecida por ser a cidade mais bem conservada em temos históricos. Andando pelo centro antigo tive a sensação de estar mergulhando 1000 anos no passado. A maioria das construções é original, as ruas estreitas, as casas, a muralha que rodeia a cidade – todas as cidades da China tiveram esse tipo de muralha para a sua proteção em tempos de guerra, tipo Senhor dos Anéis.. rs.. Xi’an também tem, e bem conservada, Beijing tinha tempos antes da Revolução do Mao. Mas só na de Pingyao podemos ver um pôr do Sol deslumbrante. A cidade é muito bonita, as pessoas são muito simpáticas, o Hostel era bom, podemos ir pra qualquer lugar andando que não é longe. No primeiro dia decidimos alugar umas bicicletas pra irmos a um templo que fica mais afastado. Alugamos daquelas que se anda em dupla (duas bikes grudadas). Muito engraçado… e muito cansativo. Eu escolhi logo ficar na parte de traz, que me pareceu mais fácil, mas a minha dupla era o Brenton, e hora ou outra ele simplesmente parava de pedalar e eu tinha que mover a bike sozinha.. é fogo… rs

No segundo dia visitamos uma outra cidade próxima daqui no mesmo estilo, mas menor ainda. Essa cidade foi contruida no exato formato de uma constelação, e era uma cidade militar. Também tinha a muralha em volta e algo mais: uma cidade subterrânea. Pois é, a cidade subterrânea tinha a função de fornecer fuga caso o inimigo conseguisse transpassar a muralha. Ela tem cerca de 30 metros de profundidade, muitos túneis (tipo labirinto, e a gente ia muito se perder se não tivesse um guia), muito fria (uns 10 graus), mas muito interessante… os chineses entendiam um pouco de engenharia há uns 1500 anos atrás… cada beco tinha uma função, tinha lugar até pra guardar uns cavalos lá dentro. O guia que estava conosco era ótimo, explicava tudo nos mínimos detalhes com um inglês considerável e contava muitas histórias.

Voltamos a Pingyao e passamos mais um dia e meio por lá, antes de embarcarmos no trem para Tayuan, e de Tayuan para Beijing.

O trem foi um caso à parte. O primeiro custou 8 kwai (uns 2 reais) e durante uma hora e meia ficamos em pé em algo que parecia o metrô da Sé às seis da tarde misturado com um trem da Central do Brasil no horário de pico. Um aperto só, e calor. Os chineses no trem não paravam de falar e de comer o tempo todo, mas, apesar do empurrões inevitáveis em um lugar extremamente apertado, eles eram engraçados. Um deles (com as unhas pretas, sorriso estragado) estava comendo morango e de repente olhou pra mim e gritou qualquer coisa no meu ouvido, eu dei um pulo por causa do susto. Ele estava me oferecendo o morango. Respondi em inglês não obrigada e ele me ignorou dando o morando pro cara que estava atrás de mim. O que eu não tinha percebido era que o cara era vesgo e na verdade ele estava olhando pra pessoa atrás.. o ataque de riso foi inevitável.

Chegamos em Tayuan e ficamos esperando no KFC até o horário do outro trem. Eu não comi nada por lá porque tava com uma dor de estômago chata.

O segundo trem foi a surpresa do dia, parecia um avião. Ar condicionado, poltronas acolchoadas, mulherzinhas vestidas de aeromoça dando água pra gente… ou seja, em menos de duas horas saímos do inferno para o céu. Em três horas chegamos em Pequim, para nos prepararmos para a última semana de trabalho. Hoje (domingo) nos encontramos pela última vez com Anna e Sophie. Elas já terminaram o trabalho delas e estão indo agora pra Shangai. Pois é… já estamos começando com as despedidas por aqui.

Como de costume vou colocando algumas fotos e, depois dessa semana, mas uma viagem a caminho.


Rotina na escola e Global Village

Eu escrevo bastante nesse blog sobre tudo que vivencio aqui na China, viagens, passeios, diferenças culturais, baladas, pessoas, mas não falo muito sobre o meu trabalho… de professora de desenvolvimento sutentável.

Bom, eu trabalho somente dois dias por semana, e em alguns dias tivemos feriados por aqui… dei, no total, 28 aulas até hoje. É relativamente pouco, mas a experiência de ser professora está valendo a pena por enquanto…

Na minha primeira aula fiquei meio frustrada… já que me deparei com alunos  não tão dispostos a ter um bom relacionamento com os professores – eu os entendo perfeitamente, pois se eu tivesse que estudar numa escola dessas enquanto adolescente, eu me matava. Ia odiar todos os professores e meus pais também. É um saco você acordar todo dia com uma musiquinha ridícula, ter hora pra tudo (inclusive pra ficar trancado pra fora de seu quarto), muitos e muitos deveres, estudar estatistica e ciência da computação sem nem estar na faculdade, nada de internet ou TV durante toda a semana. Só estudar. Da pra entender o que eles passam por aqui.

Mas com o decorrer das aulas, quando eles descobriram que as nossas são diferentes, com jogos, atividades, vídeos, brincadeiras… eles se tornaram mais acessíveis, e eu realmente os adoro! São muito fofos… haha

Hoje eles estão dispostos a prestar atenção nas nossas apresentações de powerpoint, sempre “brigam” quando fazemos um quiz meninos X meninas, quando falamos pra eles montarem um poster, eles fazem um bom trabalho.

Sobre as salas que não falam bem o inglês… uma delas é bem fácil, já que são poucos alunos, e eles realmente tentam prestar atenção em tudo que falamos. A outra (30 alunos) é mais difícil. Eles não param de falar… é difícil conquistar a atenção deles quando não se fala o idioma… mas temos uma professora que nos ajuda aqui… aliás… se alguma vez na minha vida eu consegui provocar um impacto positivo em alguém, foi nessa professora…

Falamos aqui sobre alguns temas considerados delicados aqui na China, como AIDS, homossexualismo, pobreza… e ela sempre se mostra muito interressada (do tipo olhinhos brilhandos quando a gente fala). E sempre que eu me sinto um pouco frustrada por não conseguir passar completamente a idéia pra essas duas salas e falo com ela… ela me agradece mil vezes por ter tocado no tema, pede nossos materiais pra que ela apresente pra outros alunos que não tem contato cons os AIESECers… é muito legal o interesse que ela tem por todo o nosso trabalho… e muito bom que alguém aqui na escola compartilhe dos nossos valores…

Outra coisa bem legal (mas pela metade) que aconteceu aqui na escola foi o Global Village.

Primeiro tivemos alguns problemas de comunicação com a AIESEC daqui… eles marrcavam reuniões aqui na escola (sem avisar nenhum de nós, ou seja, a gente nunca estava), não explicava direito o que a gente tinha que fazer, mandava umas 3 agendas diferentes no nosso email… complicado. No fim meus colegas e eu preparamos apresentações sobre nossos países (sem ajuda do powerpoint) e falamos pra cada sala escolher um país e preparar uma apresentação também…

Quando a hora chegaou o diretor da escola fez um discurso, aiesecers dançaram rollcalls (o diretor também entrou na dança e os alunos quase morreram de tanto rir observando a cena). Quando essa parte acabou, os aiesecer olharam pra gente perguntando sobre o trainee show.

“Trainee show? Were we supposed to prepare a show????”

Pois é, a gente não tinha nenhum show preparado, daí arrumaram um violão sei lá de onde, me empurraram pra frente do palco, seguraram o microfone e eu tive que cantar pra eles… haha

E todos os meus amigos trainees dançando ao meu lado (muito “improvisadamente”). Cena engraçada.

Logo depois, apresentamos nossos países (ninguém acreditou quando eu falei que o Brasil era a oitava maior economia do mundo), e os alunos apresentaram os deles…

Foi ótimo… eles prepararam umas músicas, danças, coreografias… eu fiquei supresa…

Uma sala apresentou uma música da Rússia, e o menino que dublou era um verdadeiro showman. O resto da sala dançando no plano de fundo… perfeito e engraçadíssimo…

Massss…. não pudemos terminar com o evento porque começou a chover e tivemos que correr com tudo pra dentro da escola, as mesas com as nossas coisas culturais (na minha só tinha a bandeira do Brasil… kk) foram postas num lugar bem pequeno… daí o diretor mandou todo mundo voltar pra aula…

Abaixo algumas fotos do evento:


O fim-de-semana perfeito!

É feriado de primeiro de maio.

Nosso fim de semana começou na quinta-feira, aniversário da Kim. Preparamos um vídeo-surpresa pra ela, demos uns presentinhos, tomamos umas cervejas à tarde, e o plano era ir pra uma balada à noite. Mas o niver dela é no mesmo dia do “Queen’s Day”, então Sofie e Kim foram pra uma festa na embaixada da Holanda. Lá elas conheceram uns caras holandeses que eu e Anna odiamos, e por causa deles elas mudaram todos os planos… fomos então pra uma balada X, cheia de homens de meia-idade que dançavam esquisito… resultado… 2 da manhã eu estava de volta no hostel.

Na sexta fomos pro “Art Distritc”. Não entendo muito sobre arte contemporânea, mas como já tinha ido lá, sabia que é um ótimo lugar pra comprar souveniers, então comecei por lá… rsrs

Sábado estávamos com muita preguiça… fomos ao parque do Templo do Céu e ficamos fazendo nada lá… Jerry nos encontrou lá, e todos ficamos deitados na grama, piquenique, conversa a fora… reultado:

O plano era ir para o Pearl Market pra continuar o trabalho de comprar lembrancinhas pros amigos e família… mas como a preguiça era grande demais, fomos direto pra um restaurante pra jantar… Preston apareceu tb… e quanta comida boa… e barata… MARA!

Depois do jantar fomos pra um bar que era tipo um terraço.. ficamos tomando breja, e mais conversa-fora. Lá combinamos de nos encontrarmos todos no domingo para o MIDI Music Festival… que tava rolando num parque aqui perto da escola onde moro…

Domingo depois do almoço chegamos lá… tive a sensação de estar no Woodstock chinês.. rs… Alguma vez na sua vida você já assistiu um show onde todos mundo ficava desse jeito (?):

No parque havia 4 palcos, pra todos os gostos: desde o NX Zero da China até o Sepultura da China. Algumas bandas internacionais (Espanha, Israel, Holanda).. muitas barraquinhas, pinturas nos rostos, estrangeiros alternativos… Amei tudo, me diverti bastante, não queria que o dia acabasse, porque sei que foi o último fim de semana em Pequim, e último dia que encontramos Sara, Jerry e Preston (depois vou escrever os planos para os próximos fins-de-semana).

Ontem (segunda-feira) fomos comprar as passagens de trem para as próximas viagens… e finalmente fomos ao Clothing Market pra continuar comprando lembrancinhas… foi mais fácil do que eu imaginava, já que quando se compra de monte é mais fácil de barganhar… mas se for comprar algo só pra você o processo é parecido com esse:

Vendedora me agarrando tentando me obrigar a comprar um vestido que eu NÃO QUERIA, mas acabei comprando pq ´consegui por RBM25.

Pois é… é um saco fazer compras aqui porque você fica mil anos procurando o que você quer… e quando finalmente acha não consegue comprar por que o vendedor coloca o preço lá em cima (umas 8 vezes a mais do que realmente vale).

Bom, vou ficando por aqui… preciso me preparar para as próximas viagens…


Coisas da China – Parte II

Mais coisas que só acontecem aqui na China.

Um dia desses meus amigos foram trabalhar num projeto do Hilton Hotel, que era dar aulas de desenvolvimento sustentável para umas crianças (200) de outra escola-não fui porque tinha que dar aulas naquele dia. Eles chegaram na estação de metrô mais próxima e precisavam de um táxi que os levasse até o hotel, porque de lá eles iriam pra escola. Masss…

Simplesmente nenhum taxi queria levá-los. VocÊ já viu uma coisa dessas? O único taxi que aceitou levá-los (depois de meia hora procurando por um) queria que eles pagassem 50 yuan (o preço justo seria em torno de 20). Eles ligaram pra uma pessoa do Hilton que os aconselhou a pegar aquele taxi mesmo, mas não pagar quando chegarem. Eles pegaram, mas depois de um tempo da corrida o taxista queria o dinheiro. Eles se recusaram  a pagar, então o cara dirigiu de volta pro ponto de partida e mandou eles sairem do taxi dele!  haha

Temos várias histórias de taxis, como carros com o pneu furado… mas a mais legal foi no dia em que meus amigos foram pro zoológico (não fui também porque tinha que trabalhar) com um taxi ilegal (aqui na porta da escola tem um monte, e a gente sempre pega). Chegando no destino, na hora em que eles desembarcaram um carro da polícia os cercou e os políciais todos gritando ao redor deles :”Passport! Passport!” e eles :”No! No!”. No fim da história os políciais queriam os passaportes porque assim eles teriam testemunhas contra os taxis ilegais, mas meus colegas acharam que ia ser presos… kkk Eles não deram nenhum documento e foram liberados só depois que o Brenton escreveu o nome dele num papel.

Outra coisa aconteceu comigo mesmo. Sexta feira passada nós queríamos ficar num hostel denovo, porque iríamos pra festa de aniversário de um professor aqui da escola que não iria terminar cedo. Fomos masss…

Pra fazer o check in todos precisam do passaporte, e o meu não estava comigo, mas com alguém da escola que iria renovar meu documento de residência (aquele que a polícia sempre faz errado) que vou precisar pra renovar meu visto denovo. Eu tinha a Xerox da primeira página e da página do visto, resolvi tentar ir, e caso eles não me aceitassem eu sairia mais cedo da festa pra poder dormir na escola. Beleza, chegando no hostel a gente explicou a situação pra mulher que resolveu aceitar meus documentos daquele jeito. Fomos pra festa, depois pra uma balada e voltamos pro hostel mais ou menos às três da manhã. A mulherzinha ficou esperando a gente chegar, enquanto caminhávamos em direção ao nosso quarto ela disse pro Brenton que precisava falar comigo (detalhe, ela não fala inglÊs, eu não falo chinÊs). Então ela disse pra ele que eu não podia ficar lá. (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!) Ficamos meia hora tentando explicar pra ela que ela deveria ter falado isso à tarde, e não de madrugada, que eu já tinha pago pelo quarto, que não tinha metrô aquela hora, que eu ia dormir na rua, e mais um monte de coisas… ela só cedeu um pouco quando Brenton mostrou no mapa onde a gente morava (longe pra caramba), daí ela falou que eu podia ficar até às seis da manhã. Beleza, eu não consegui dormir nada, saí de lá às cinco e meia e a mulherzinha fdp tava me esperando no hall… afff… fui pra casa morrendo de raiva.

Sobre a festa, muito divertida. Fomos primeiro na universidade de língua estrangeira, no dormitório de uns amigos desse professor. Lá bebemos um pouco, comemos comida de Bangladesh (que deixou meus lábios e minha língua anestesiados, por causa de tanta pimenta), ouvimos muita música indiana e um paquistanês com uma camisa do superman que dançava loucamente – mais tarde descobrimos que ele era gay. Depois do “jantar” fomos a uma balada – muito boa! Com muita gente, o Larry (professor aniversariante) ficou mais louco que o batman, o paquistanês dançando pole dancing com minha amiga da Polônia (ela também é gay) a noite inteira, eu e as meninas da Holanda pracurando por algum bobo que nos fornecesse “free drinks”. Divertido.

Mais noticias da China, eu atualizo aqui!


Maybe

“Maybe” é uma palavra muito usada pelos chineses que falam inglês aqui… usada até demais.

Fico me pergutando se eles sabem o real sentido, porque eu tenho a sensação de que essa palavra traduzida para o chinês deve ter algum significado peculiar, não é possível!

Quando chegamos na escola e perguntamos quando iríamos começar a trabalhar, a resbosta: “MAYBE tomorrow”. Quando o dia chegou e perguntamos se íamos começar naquele dia, a resposta: “MAYBE next week”. Quando recebemos o documento de residência e no meu estava escrito que eu sou holandesa, Kim perguntou se no dela estava escrito a nacionalidade brasileira, a resposta: “MAYBE”. Quando perguntamos quais os alunos que deverão preparar apresentações para o Global Village (evento que estamos preparando), a resposta: “MAYBE your stundents won’t be at the Global Village”. Quando perguntamos para uns alunos de dez anos de idade se eles sabem uma palavra em inglês que começa com M: “MAYBE”. Está frio? MAYBE. Você esta com fome? MAYBE. Você tem muito trabalho hoje? MAYBE.

É um inferno. A gente nunca tem uma resposta “sim” ou “não”, sempre Maybe.

Então Kim se lembrou de uma música, que é a música tema do nosso intercâmbio. Ela é muito boa, mas pra gente tem um sentido diferente, rs. Segue o link abaixo (não posso por aqui porque o youtube é bloqueado!!!!!!):

http://www.youtube.com/watch?v=CaT86mk9gj8


Banheiro

 

 

A pedidos, o banheiro.